O Festival do Sudoeste faz dez anos.
Confesso que ando há dez anos para lá ir, o que não me admira: ando há muitos anos para ir a muitos lados, infelizmente repito demasiadas idas a lugares que preferiria não ir!...
O meu filho mais velho, André, 30 anos, esse sim não falha nenhum ano. Ele que adora surf, o Alentejo e as praias que o contêm, tem no Sudoeste um excelente pretexto para mais uma surfada e umas noites calientes. Este ano, lá está repetente. Um beijo filho.
O fenómeno dos festivais em Potugal vem dos anos 70.
Um dia estava de cama com um febrão. A minha mãe chamou um médico vizinho, bairro de Alvalade em Lisboa. Era 1970. Entrou pelo quarto um médico meio esgroviado que em vez de me auscultar e me medicamentar me começou a perguntar se preferiria ver Os Beatles em Vilar de Mouros ou o Elton John. Era o Dr. Barges o fundador do que seria o festival.
Eu achei que ele era megalómano, mas era um melómano, um homem com uma alma infinita.
Passos dois anos aparecia em todo o lado a falar do festival, até no Zip-Zip, o célebre talk-show da RTP.
Tirando o fenómeno lateral da droga e das bebedeiras excessivas, estes encontros são a prova de uma vitalidade fantástica da nossa juventude.
Não direi o mesmo da pimpineira do Rock in Rio: um festival novo-rico para levar para fora de portas mais algum dinheiro português.
Zambujeira é fixe. O In Rio que se lixe !.
Sem comentários:
Enviar um comentário