Muito interessante o debate de hoje no Clube de Jornalistas sobre jornalismo online.
Algumas ideias foram ali lançadas:
Jornalismo online não tem de ser jornalismo multimédia.
Os jornais online concebidos como reféns dos conteúdos, e da forma, do papel é um conceito de há 10 anos.
Os jornais online em Portugal são paupérrimos, pouco ambiciosos e uma sombra do jornalismo online de referência mundial ( basta comparar com Espanha).
As escolas de comunicação social ainda não estão a formar uma nova geração de jornalistas multimédia.
Ainda não há em Portugal, e também lá fora, uma estratégia comercial, de negócio para a informação na net. Um absurdo se tivermos em conta o número de usuários.
A fusão total de redações on-off é um disparate porque as notícias online não se compadecem com o ritmo das redacções off, mesmo nos diários.
Os leitores até aos 25 anos 90 por cento interessa-se por notícias...na net.
O conceito de linkar por tudo e por nada é outro conceito de há 10 anos. Agora é a linguagem multimédia que está a dar: vídeos, podcasts audio e vídeo, infografia animada ( que não é a infografia de televisão), uso e abuso do flash, enfim: com a banda larga e a nova, simples e barata tecnologia digital de captação e edição de imagens e audio é uma nova forma de expressão que aí está.
Agora digo eu: hoje podemos fazer directos em video para a net a partir de uma mini câmera, um portátil e uma qualquer ligação ADSL ( ver propostas Akamai), por tuta e meia. A formação de jornalistas multiplataforma é fácil se tivermos em atenção que a internet e seu ambiente exige entusiasmo de equipa, criatividade, espírito inovador, contrário à velha forma do sargento chefe de redacção que quando pode não sabe mandar e quando manda transforma a redacção numa sala de castigos.
O jornalismo online faz-se com equipas jovens, reduzidas e imaginativas. Na net podemos experimentar, fazer laboratório, medir reacções imediatas do público. Na net a relação emotiva que se conseguir com o público será determinante para se obter uma significativa comunidade de aderentes.
Passado quase 1 mês de ter gravado a minha declaração para o programa desta noite, alguns dias depois de ter saído de editor multimédia do Expresso, subscrevo totalmente o que afirmei. Isto é: o jornalismo online exige outra postura, outra prática e uma vivacidade que não é compatível com o jornalismo tradicional. Não por capricho, mas porque cada meio e a sua especificidade acabam por gerar linguagens novas e decisões editoriais diferentes.
Voltarei a este assunto.
Assisti ao programa com interesse, e em minha opinião, o problema que ainda está por resolver é o da fórmula publicitária que garanta e assegure o retorno para os investimentos necessários a muitos projectos.
ResponderEliminarYour are Nice. And so is your site! Maybe you need some more pictures. Will return in the near future.
ResponderEliminar»
Greets to the webmaster of this wonderful site. Keep working. Thank you.
ResponderEliminar»