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quinta-feira, junho 01, 2006

Jornalismo online no Clube de Jornalistas

Muito interessante o debate de hoje no Clube de Jornalistas sobre jornalismo online.
Algumas ideias foram ali lançadas:

Jornalismo online não tem de ser jornalismo multimédia.
Os jornais online concebidos como reféns dos conteúdos, e da forma, do papel é um conceito de há 10 anos.
Os jornais online em Portugal são paupérrimos, pouco ambiciosos e uma sombra do jornalismo online de referência mundial ( basta comparar com Espanha).
As escolas de comunicação social ainda não estão a formar uma nova geração de jornalistas multimédia.
Ainda não há em Portugal, e também lá fora, uma estratégia comercial, de negócio para a informação na net. Um absurdo se tivermos em conta o número de usuários.
A fusão total de redações on-off é um disparate porque as notícias online não se compadecem com o ritmo das redacções off, mesmo nos diários.
Os leitores até aos 25 anos 90 por cento interessa-se por notícias...na net.
O conceito de linkar por tudo e por nada é outro conceito de há 10 anos. Agora é a linguagem multimédia que está a dar: vídeos, podcasts audio e vídeo, infografia animada ( que não é a infografia de televisão), uso e abuso do flash, enfim: com a banda larga e a nova, simples e barata tecnologia digital de captação e edição de imagens e audio é uma nova forma de expressão que aí está.

Agora digo eu: hoje podemos fazer directos em video para a net a partir de uma mini câmera, um portátil e uma qualquer ligação ADSL ( ver propostas Akamai), por tuta e meia. A formação de jornalistas multiplataforma é fácil se tivermos em atenção que a internet e seu ambiente exige entusiasmo de equipa, criatividade, espírito inovador, contrário à velha forma do sargento chefe de redacção que quando pode não sabe mandar e quando manda transforma a redacção numa sala de castigos.
O jornalismo online faz-se com equipas jovens, reduzidas e imaginativas. Na net podemos experimentar, fazer laboratório, medir reacções imediatas do público. Na net a relação emotiva que se conseguir com o público será determinante para se obter uma significativa comunidade de aderentes.
Passado quase 1 mês de ter gravado a minha declaração para o programa desta noite, alguns dias depois de ter saído de editor multimédia do Expresso, subscrevo totalmente o que afirmei. Isto é: o jornalismo online exige outra postura, outra prática e uma vivacidade que não é compatível com o jornalismo tradicional. Não por capricho, mas porque cada meio e a sua especificidade acabam por gerar linguagens novas e decisões editoriais diferentes.
Voltarei a este assunto.

3 comentários:

  1. Assisti ao programa com interesse, e em minha opinião, o problema que ainda está por resolver é o da fórmula publicitária que garanta e assegure o retorno para os investimentos necessários a muitos projectos.

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