Estou numa àrea de serviço da auto-estrada Braga- Porto.
Acabei há pouco o encontro com os alunos de jornalismo online na Universidade do Minho, onde me desloquei a convite da Daniela, tal como ontem aqui escrevi.
Não resisti a tirar o portátil da mala do carro e de escrever aqui a quente, ( fazendo juz à temperatura do dia) as minhas impressões da palestra.
A sala estava cheia de um público muito jovem e atento. Colocaram-se ali questões muito interessantes como a ética e a deontologia nos jornais online, o conceito de jornalista multimédia, os novos desafios para o exercício da profissão de jornalista num tempo de novas tecnologias e de novos conceitos de trabalho nas empresas jornalísticas.
Joaquim Fidalgo, ex-jornalista do Expresso e do Público, agora director do curso, levantou-me questões como a credibilidade e a ética nos novos meios e uma jovem com curriculum no Diário de Notícias levantou a questão de estarmos muito preocupados com a tecnologia e corrermos o risco de esquecermos o fundo dos problemas e da cultura que sustenta o jornalismo.
Eu defendi uma nova linguagem para os jornais online, não refém do papel, com autonomia narrativa, muito vídeo, fotografia, infografia e uma linguagem de escrita mais sintética, criativa, por vezes irreverente e inovadora.
O online é um suporte que permite experimentalismo, laboratório, já que o público internatuta é mais aberto, mais cultura sms, mais interactivo.
No papel a publicação de uma notícia é um fim, na net é o início de uma discussão e desenvolvimento onde o usuário também participa.
Foi uma tarde escaldante.
Agora regresso a casa ao som de Miles Davis.
Como sou um mãos-de-cepo para estas coisas da informática, que não me consegue atrair o suficiente para deixar a esferográfica Bic* (ando agora num processo de substituição do Moleskine* por uma Palm*, uma porcaria que por vezes me irrita solenemente...) e como de vez em quando suspeito que a minha máquina fotográfica digital tem demasiados menus e botões, só me resta desejar-lhe sucessos e sobretudo uma boa viagem. Quanto ao Miles Davis, só denota bom gosto.
ResponderEliminar*Publicidade à parte, óbviamente.
Ah.
ResponderEliminarTalvez o mais importante desta crónica seja o facto de ter sido feita... numa estação de serviço.
A informação pode ser (já) produzida em qualquer lugar, no momento e, poder estar disponível... no outro lado do globo!
Um dos "trunfos" das novas tecnologias é precisamente... poder fazer esta crónica.
Paulo Sousa
Abraço
Gostei muito deste blog. Vim aqui parar por acaso, mas cá voltarei :)
ResponderEliminarBjo
Caro Luis,
ResponderEliminarObrigada por vir até Braga para falar com os miúdos da UMinho!
A conversa foi realmente interessante e estimulante.
Ficamos com vontade de mais.
Um abraço!
Daniela Bertocchi
(www.bertocchi.info)
Caro Luis,
ResponderEliminarEncontramos-nos por um instante, a caminho do restaurante da UM.
Tive muito pena de não poder estar presente na conversa.
Espero que esta oportunidade abra outras - porque estas conversas nunca se fecham.
Um abraço,
Caro Luiz,
ResponderEliminarA sua presença na nossa aula foi magnífica!
Os jornalistas não são diferentes, é preciso que se adaptem às mudanças e acompanhem os tempos com naturalidade, espírito de abertura, vontade de aprender e de conhecer. Sem medos.
Sou das que acredita que o homem não deve ser escravo das tecnologias, mas deve colocá-las ao seu serviço.
O ciberjornalismo é, na sua essência, jornalismo puro. A linguagem e o meio é que muda. De acordo!
O meu desejo é que a esperança de vida profissional no ciberjornalismo seja bem mais alargada do que é hoje no jornalismo convencional (ups!), onde rapidamente nos tornamos (todos) descartáveis e chegamos (todos) a velhos demasiado depressa...incluindo aqueles que sempre respeitaram o código deontológico e até dominam as ferramentas tecnológicas!
Espero vê-lo a fazer "escola". Todos sabemos o quanto o jornalismo necessita desta jovialidade... madura!
:-)
A "jovem" aluna com curriculo no DN
Olá Luis!
ResponderEliminarAdorei a sua aula aqui em Braga, nomeadamente devido à linguagem aberta e ao tom coloquial que utilizou durante toda a intervenção. É disto que precisamos: troca de ideias, de opiniões, de esclarecimentos e, acima de tudo, de entendimento mútuo que foi o que houve, definitivamente, na aula.
Queria apenas saudá-lo pelo trabalho realizado e, já agora, pela disponibilidade para se deslocar a Braga para "aturar" uns miúdos cheios de perguntas (e ansiosos por trabalhar a sério, digo eu...) e de se ter mostrado tão simpático e fora do pedestal, que muitos dos oradores habituais já nos habituaram. Como diria o senhor Scolari: foi muito positivo (com pronúncia, claro)!
Espero voltar a encontrá-lo um dia destes por esse mundo fora. Quem sabe!
Já agora, adorei a ideia de munir três dos seus jornalistas com Qteks. Eu cá também não gosto (nada!!!) de objectos analógicos...
Um grande abraço deste jovem viciado em novas tecnologias...
Hugo Monteiro (hugo_braganca_monteiro@yahoo.com.br)
qq dia dás aulas por video conferencia enquanto conduzes:))))
ResponderEliminarbeijinhos
Obrigada por se ter deslocado a Braga e nos ter ajudado a entender melhor o mundo do trabalho pelo qual ansiámos...
ResponderEliminarBom blog, vai começar a ser passagem obrigatória!
Catarina Gomes
What a great site, how do you build such a cool site, its excellent.
ResponderEliminar»
Great site lots of usefull infomation here.
ResponderEliminar»
Hey what a great site keep up the work its excellent.
ResponderEliminar»