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quinta-feira, outubro 28, 2010

A encenação revisteira do PSD

O PSD e o seu líder Passos Coelho têm um sonho: fazer de Portugal um país neo-liberal democráticamente atendível.

Precisam para tal de provocar um estado de sítio, uma ruptura, suspender a democracia.

Portanto: a encenação à la Parque Mayer (um género tão querido pelos laranjinhas) em torno do argumento do orçamento, não foi mais do que um melodrama com final previsível.

O comportamento do PSD é o de uma personagem mal construída de uma qualquer telenovela manhosa, e o papel do PS é secundário e de embrulho, para ganhar tempo, e fazer passar um orçamento despesista, com a abstenção laranja. Tanta conversa para nada.

Mas quem julga que tudo isto é o que é, que se desengane. O  PSD apostará mais em esticar a corda, no tudo ou nada, dramatizar ainda mais, e pôr uma guarda avançada a chamar pelo FMI. Basta Passos telefonar ao seu amigo Borges. "Avancem!".

Com os carrascos em acção, Cavaco reeleito, o PSD terá todas as hipóteses de provocar eleições, ganhar, e transformar Portugal num oásis neo-liberal fora de tempo, sem segurança no trabalho, sem solidariedade social, um país onde os fracos serão mais fracos e os ricos mais poderosos.

Um país onde a economia manda na política, e as agências financeiras têm no ministro das finanças uma espécie de amanuense avançado.

Se é com mais medidas neo-liberais que Portugal vai crescer os 3 por cento que no mínimo precisa, esqueçam.

3 comentários:

  1. Infelizmente, isto irá dar mais uma tragédia do que uma encenação à Parque mayer!

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  2. Para este post ser perfeito e com o qual concordo, pois esta cena não passa de um número de circo para consumo eleitoral, só falta dizer mal... da brigada de trânsito.

    JJ

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  3. Cuidado, muito cuidado a falar assim quando o Amanuense Coelho do próximo turno tiver algum poder tá tramado, não tira bonecos em lado nenhum, e ainda o mandam para os lados da Soeiro Pereira Gomes fazer photomatons

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