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domingo, fevereiro 04, 2007

Breves de um domingo sonso

Algumas breves deste domingo.

Rosa Brava na SIC.
Há muito tempo que não via na televisão portuguesa uma reportagem feita com tanta qualidade televisiva. O discurso é fluente, as imagens de uma qualidade fotográfica rara, a câmera participava na acção sem estar amarrada a um tripé, havia som-off a contar história, tinha jornalismo, poesia, denúncia social, sensibilidade, sentido de humor. Excelente trabalho. Acho que o trabalho do cameraman foi aqui de uma importância vital.Depois de ver a reportagem no Toda a Verdade sobre o vígaro francês em Hollyood, de facto fabuloso como reportagem de televisão, esta Rosa não deixou atrás a SIC, o que nem sempre acontece naquelas infindáveis grandes reportagens de cãmera no tripé e efeitos escusados.
Jorge Pelicano estava por detrás da pequena câmera HD, com uma grande angular e com uma captação de som apropriada. Uma boa refelexão a fazer para quem quer fazer documentalismo em televisão. A forma tradicional (?) de fazer televisão, com grandes equipamentos, pesados e nada àgeis não faz sentido. nem do ponto de vista económico, nem do ponto de vista técnico.

Campos e Cunha no Diga lá Excelência
O tom da voz do ex-ministro das finanças de Sócrates pode fazer sono mas as verdades fazem acordar o mais adormecido português. Ele veio repetir verdades e pôr o dedo em feridas que irão grangrenar. Caso do novo aeroporto da Ota.

O Fantasma de Salazar na RTP
Debate frouxo no Palácio da Ajuda no programa da Maria Elisa. Quando aparece Salazar todos puxam da pistola. Fernando Dacosta é o único a usar do bom senso, o que implica reconhecer qualidades enquadradas no tempo.

Agora a presença de Santana Lopes ali não se percebe. Aliás com a ironia de na SIC notícias ao mesmo tempo Carmona Rodrigues tentar justificar que afinal nada de anormal se passa na Câmara de Lisboa: tudo foi aprovado pela maioria em plenário. Isto sempre com sorrisos de simpatia. O outro é que sabia ao chamá-lo sonso.

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