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sábado, outubro 27, 2007

Aulas sem faltas? É porreiro, pá!

A nova lei sobre as faltas ou não faltas dos alunos, apesar de ser uma confusão, tem uma evidência: o aluno não tem que ir às aulas. Se não for fará um examezeco e como os exames são uma treta...passa.
Esta cultura do facilitismo é, infelizmente, o retrato do país não só no ensino (?) como nas mais variadas facetas da vida nacional. O ensino serve de ensinamento para a vida e para a profissão. Quem estuda numa escola onde se pode faltar irá esperar trabalhar um dia numa empresa onde não precisa de ir, desde que mande por e-mail, ftp ou por estafeta o trabalhinho que o patrão está à espera?
No ensino a balda às aulas também promove os professores que, assim não têm que se confrontar com chatíces a chamar pais à pedra e a terem de justificar perante o conselho directivo a razão pela qual os putos preferem charrar nas traseiras da escola ou jogarem matracalhos na tasca da esquina. O governo também poderá mostrar lindos gráficos em "excel" sobre o desempenho exemplar das escolas portuguesas. Fixe pá.
Na vida profissional criou-se uma cultura semelhante à das faltas permitidas.
Se Sócrates o faz com simplex e ambulâncias-maternidades, porque não hão-de as empresas imitá-lo ? A moda pegou, o pior é que passou de moda a cultura nacional.
O país está a trabalhar para as estatísticas e nisso somos bons. É porreiro, pá!

4 comentários:

  1. Li hoje algures que, se suspeita que este governo tenha vindo a beneficiar escolas da OPUS-DEI ao mesmo tempo que ardilosamente vai rebaixando as escolas públicas nomeadamente as do interior do País de preferência as situadas a norte... e para azar meu referiram como pior escola uma de Vila Real a minha querida terrinha...
    Mas será que esta "gente" sabe como vivem as nossas crianças do interior? saberão por acaso que, muitas delas quando chegam á escola vão mal alimentadas para além de que tiveram de ajudar os pais nas tarefas do campo ou a tratar dos animais? saberão por acaso que muitas delas foram espoliadas da escola na sua terra, e agora têem de percorrer muitos quilómetros para ir às aulas? ou que, em algumas Vilas é uma viatura da autarquia que as vai buscar a casa pelas sete da manhã quando apenas têem aulas à tarde... e no caso de as aulas serem de manhã ficam gastando o tempo pelos cafés até que a tal viatura as leve de volta a casa pelas dezoito horas...??? por certo que não sabem disto, dá-lhes muito mais jeito basear os seus critérios pelos filhos dos papás mais urbanos e com possibilidades para pagar a explicadores e que transportam os meninos à escola em viaturas topo de gama, muitas delas pagas com o nosso dinheirinho.
    Mas o que eu queria falar mesmo é do FACILITISMO que aí vem, e que vai fazer com que qualquer "burro" seja "doutor", ou "inginhieiiiiiiro" a exemplo do "chico esperto Sócrates...". Aulas??? não é preciso, faz-se um qualquer arremêdo de exame, nem que seja por fax e pronto... bem á moda do nosso primeiro, por falar nele, tenho um companheiro de Angola, natural do Fundão, (lá estou eu a falar nos meus companheiros/irmãos, desculpem) que diz conhecer uma ex-professora de Sócrates lá na Covilhã, que se recorda muito bem dele,e que o aponta como mum aluno que "aprendia mal, porque faltava muito às aulas".
    Isto sim, é PROGRESSO

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  2. Para quem como eu já não aguenta mais o licenciado Sócrates.
    O jogo do ano

    http://www.pictogame.com/game.php?game=p0ZRcQKXb8Hk

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  3. Não percebo para quê ter grandes cerebros, inteligêcias e talentos nas escolas publicas ?
    Para quê? Para reforçar a oposição aos governos fascistas, controladores e totalitarios! Isso eles não querem. Eles não querem criarem pessoas que pessam. Quanto mais estupidos melhor.

    Se queres que os teus filhos sejam queridos por aqueles que mandam em tudo , mete-os nas escolas dos Jesuitas,Opus dei ou dos Masonicos.
    Ai aprendem a cartilha de cor.

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  4. ó pá, mas este sistema é porreiro.
    tenho andado ocupado e sem tempo para andar a par destas porreirices.
    o luís, pf, pode informar onde é que o que diz está escrito?
    agradecia, pá.

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